segunda-feira, 23 de maio de 2016

Goias

Goias 

Com a capital, Goiânia, bem no meio de seu território, fica fácil, a partir dela e num raio de 200 quilômetros, alcançar as principais atrações do estado de Goiás. A exceção é o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso de Goiás, distante 420 quilômetros e cujo clima esotérico é mantido pelo isolamento – são apenas 6 mil habitantes num território de 2,6 mil  quilômetros quadrados – e um impressionante conjunto de formações geológicas. As duas únicas trilhas abertas a visitação só podem ser percorridas na companhia de guias credenciados. Caminhar por elas em direção a rios, cachoeiras, mirantes e cânions revela também a riqueza da flora, com dezenas de tipos de orquídeas, buritis, babaçu, copaíba e aroeira. O Vale da Lua, fora da área do parque, é um dos pontos altos do passeio, com rochas cinzas entre as quais cintila as águas do Rio São Miguel, formando piscinas naturais. O cenário é surpreendente – tal como fez Neil Armstrong, parece que você está andando em crateras da lua. Bem mais perto de Goiânia – 125 quilômetros – e já em ritmo de aventura e agitação, Pirenópolis vive repleta de turistas nos fins de semana, especialmente vindos de Brasília e da própria capital do estado. A Festa do Divino e as Cavalhadas, quarenta dias depois da Páscoa, são eventos famosos na cidade, com apresentações de grupos folclóricos e queimas de fogos. A atração mais procurada na região é o Santuário de Vida Silvestre Vagafogo, reserva ecológica com áreas para rapel – do alto de um jatobá! – e uma brincadeira conhecida como salto do primata, na qual o participante se lança de uma árvore para um trapézio. Parece simples quando se observa outra pessoa fazendo, mas, quando chega a sua vez, o frio na barriga é inevitável, mesmo com todos os apetrechos de segurança na cintura.
Bem mais tranquilas são as atividades nas vizinhas Caldas Novas e Rio Quente, onde as águas quentes que brotam do solo deram origem à maior estância hidrotermal do mundo. O público também é bem diferente, claro. Famílias com crianças e especialmente pessoas com mais de 60 anos são os que mais aproveitam a diversão e as propriedades terapêuticas desse líquido precioso que enche piscinas e escorre em toboáguas dos animados parques aquáticos e resorts. Definitivamente democrático no quesito turismo, Goiás tem ainda o circuito histórico da charmosa cidade que leva o nome do estado e que um dia foi sua capital. Faça um passeio pelos casarões coloniais do Centro, passando pela Casa da poetisa Cora Coralina, e não deixe de provar os famosos doces caseiros produzidos ali. Cora Coralina, aliás, era também uma doceira de mão cheia e muitas de suas receitas foram passadas para vizinhas e amigas. A visita guiada à casa da escritora começa justamente na cozinha, com os tachos de cobre que ela usava para fazer os doces.













































por: http://viajeaqui.abril.com.br/estados/br-goias

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